Parcerias ajudam a driblar a sazonalidade

Parcerias ajudam a driblar a sazonalidade

Segue uma reportagem da revista Pequenas Empresa Grandes Negócios sobre a solução encontrada por uma pousada do litoral Norte de São Paulo para o problema da sazonalidade. Note que a iniciativa da parceria foi da agência de turismo e o problema de sazonalidade é das pousadas :

Quando não é verão, a cidade de Ubatuba, no litoral norte de São Paulo, fica praticamente deserta. A falta de movimento prejudica os empresários que dependem dos turistas para sobreviver. Este é o caso de Roberto Cupaiolo, dono de uma pousada. Há seis anos, ele montou uma estrutura com chalés, quadra poliesportiva e piscinas no antigo sítio da família. Mas, mesmo assim, não conseguia atrair hóspedes durante a maior parte do ano.
A solução estava bem longe dele, em São Paulo, numa agência de turismo, que há 11 anos trabalha com excursões escolares. Os donos já estavam à procura de um lugar com meio ambiente preservado para levar a garotada.

“Acabei conhecendo o local através de uma foto. Comecei a fazer uma pesquisa do lugar, achei bonito, agradável. Fui atrás e descobri que ficava em Ubatuba. Eu e o meu sócio fizemos uma visita, conhecemos o local e começamos essa parceria há quatro anos”, conta Vanderlei Coimbra Rodrigues, dono da agência de turismo.

Com a nova opção de passeio, os negócios da agência cresceram 15%.

“Valeu a pena porque a gente não tinha um produto de prateleira. Esse era um produto novo e, com certeza, quanto mais produtos a gente tiver, mais vai facilitar o aumento nas vendas”, comenta André Fedel, sócio de Vanderlei.

De acordo com Roberto, a parceria está dando muito certo.

“A gente encaixou realmente o público-escola para realizar as atividades aqui e está dando muito certo. O público está amando e esse lugar é a cara da escola, principalmente na parte de ecoturismo e estudo do meio”, afirma o empresário.

Durante o ano, a pousada em Ubatuba recebe da agência cerca de 30 grupos de diferentes escolas. Em média, são 40 crianças por final de semana. O pacote custa R$ 398 por pessoa. Cada um tem direito a pernoite em chalé, café da manhã, almoço e jantar.

A empresa que leva os alunos também oferece pacotes que incluem a educação ambiental. Desta forma, Roberto teve que se adequar e contratar guias e monitores treinados. Eles conduzem o grupo nas trilhas e ainda ensinam como preservar a natureza.

“Eu aprendi que não se pode desmatar a floresta, porque podemos ficar sem água. Também podem acontecer guerras mundiais, não por causa do petróleo, mas sim, por causa da água”, ensina a aluna Emilly de Abreu, de 12 anos.

Segundo o monitor ecológico Marco Gomes, todas as coisas têm uma ligação.

“Muitas vezes a pergunta que mais ouço das crianças é assim: “Marquinhos, o que tem a ver a minha vida com o macaco, o sapo que está aqui na floresta?”. Tem tudo a ver, pois está tudo conectado. A gente sempre passa isso para eles. E a natureza é uma sala de aula fantástica. Realmente eles aprendem e gostam de receber essas informações, além de nos ensinar muito”, explica o monitor.

Com os novos hóspedes o faturamento da pousada cresceu 50%.

“Na baixa temporada conseguimos movimento com as escolas. E graças a Deus isso melhorou muito o movimento aqui”, comemora Roberto.

Para a escola este tipo de excursão só traz vantagens.

“É legal fazer uma interação com os alunos, para eles se conhecerem melhor fora do ambiente da escola. E mesmo para nós, professores, é a chance de conhecermos eles de uma maneira diferente. Também serve para eles entrarem em contato com o meio ambiente, se preocupando com a preservação dos animais e vegetais”, analisa a professora Ivani Diz.

Roberto também teve de criar alguns atrativos para a garotada, como o circuito de aventura – que inclui diversas trilhas -, a brincadeira de escorregar e a tirolesa na cachoeira.

“Adorei a cachoeira, a piscina, o escorregador. Tudo é muito legal”, aprova Beatriz Futigami, de nove anos.

“Aqui tem biodiversidade, coisas para fazer, brincar”, comenta Raul Sarkis, de dez anos.

“Eu estou achando tudo isso uma fantasia! É muito gostoso ir nadar na cachoeira e adorei conhecer tudo o que a natureza oferece para a gente”, vibra Camila Fernandes, de 12 anos.

Para ver o vídeo de reportagem, clique aqui!

Fonte: Revista Pequenas Empresas Gandre Negócios

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